quinta-feira, 24 de abril de 2014

Somos adoradores tribais?

O que nos leva a adorar a Deus? Responder isso nos livraria de muitos desvios daquilo que é essencial ser proclamado. No mundo há milhares de culturas e povos. Num mesmo país existem pessoas muito diferentes entre si – Nível econômico diferente, educacional... velhos, jovens... O que quebra isso não é um evangelho que se adapte a cada cultura, classe social, idade... O que vence isso é algo muito maior e que nos liberta da cadeia de nos transformarmos em portadores de um evangelho camaleão e que perde seu ponto central que une todas coisas.


Em Mateus 2.2 está escrito: “Viemos adorá-lo” – Adorá-lo é o nosso chamado. Quem foi adorar Jesus naquele dia?


Os magos – ao que parece, astrólogos do império persa. Quem estava lá também? Os pastores de Belém. Nada poderia ser mais diferente do que essas pessoas, então porque estão juntas? Alguém bolou algo que ‘funcionasse’ para Magos? Ou alguém pensou em algo que ‘funcionasse” para pastores de ovelhas?


Nós podemos apontar muitas diferenças entre esse grupo de homens e apenas uma semelhança – mas ela faz toda a diferença.


Veja a diferença racial – os pastores eram judeus, já os magos gentios. Essa era uma tremenda barreira. Barreira essa que as estratégias humanas falhariam para quebrar.


Veja a diferença intelectual - Intelectualmente os pastores eram homens iletrados, homens simples, homens do campo. Não tinham um emprego que exigisse cultura, estudo... Já os magos eram homens cultos, sábios, estudiosos... Gastaram anos em suas pesquisas e conseguiram a reputação que a educação dá, a qual, os pastores não tiveram acesso.


Veja a Diferença Social - Socialmente – Pastores faziam parte da classe social mais baixa – poderíamos incluí-los entre os desfavorecidos ( o evangelho para eles seria diferente? O que os levaria a adorar? Uma abordagem única?) – Já os Magos – com seus presentes caros – tinham recursos – podiam fazer uma viagem que demandaria meses...


Muitas pessoas olham para os homens em seu mundo e cultura e esperam que o evangelho tenha uma mensagem com um aspecto que toque cada uma delas. Não entendemos ainda que o Reino de Deus gira em torno daquele que naqueles dias era um bebê e que juntou Magos e Pastores. Temos perdido o cerne dessa mensagem.


A despeito de todas as barreiras – Raciais, sociais, intelectuais – Barreiras que tem esse nome porque de fato separam pessoas – não existe uma mensagem que mantenha as pessoas em seus guetos – um evangelho para Pastores de Belém – ou abordagem para Magos do Oriente – e por aí vai pelo caminho sem fim das diferenças humanas. Mil evangelhos seriam suficiente? O ‘evangelho’ do jovem serviria para o homem maduro e para o velho? Para o velho educado e para o velho culto? Para o homem maduro rico e o homem maduro pobre? Para o homem de uma raça e outro de outra?


Que estratégia usaríamos hoje para os Magos? Que estratégia usaríamos para os pastores? Apesar de todas as barreiras os Magos e Pastores estavam UNIDOS em sua ADORAÇÃO ao Senhor Jesus.


Todas as religiões estão ligadas a culturas, etnias, grupos, raças... Mas não o evangelho. Sua mensagem central é a mesma para cada homem que nasceu e que irá nascer neste mundo. Ele fala da relação do homem com Deus. De um pecador com um Deus santo. Um Deus que se ira todos os dias. “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” – O evangelho não é segmentado – ele une todas as culturas, tribos e nações em adoração àquele que é o centro de todas as coisas e o único que pode reconciliar qualquer homem (Magos ou Pastores) com Deus.


Qual é o ‘encanto’ que une pessoas tão diferentes? JESUS! Ele é o encanto universal – o amado do Pai. A mensagem ofensiva da cruz será a mesma pregada a todas as gerações, nações, classes sociais, etárias...


A verdade sobre...

sábado, 4 de janeiro de 2014

LÁGRIMAS MARIA BETHÂNIA

De Cândido das Neves (índio)
LÁGRIMAS
(Cândido das Neves)
Ai, deixa-me chorar
para suavizar
o que não sei dizer
mas sei sentir.
Não pratear o amor
que se perdeu
é a nossa alma enganar
e ao próprio coração
querer mentir.
Rir...
é quase iludir,
é querer forçar,
o próprio coração a gargalhar,
quando ele está solitário
na dor,
a soluçar de amor.
É mais sublime
a lágrima que exprime
as nossas emoções,
amenizando a alma
cheia de ilusões,
do que sorrir
para esconder a mágoa
que o olhar não diz.
Não há ninguém feliz!
Quero fazer das lágrimas que choro
estrelas a brilhar,
rosas de cristal
do pranto emocional.
Se ela voltar,
fulgente diadema
então lhe ofertarei
do pranto que eu chorei!
Sim, quem nunca chorou,
certo, nunca amou,
talvez nem alma tenha
para sentir.
Não me faz inveja
este prazer,
eu gosto, até de padecer,
chorar é a mágoa
em pérolas diluir!
Mas quem quiser amar,
certo há de chorar,
há de sentir morrer o coração,
porque o amor sendo belo é falaz.
como os ais,
se desfaz em ilusão !"
Vós que, como eu,
viveis de amor,
lágrimas frias, lágrimas de dor
já derramastre, triste,
na aflição
do vosso coração
que tudo quer...
A ausência da mulher
que idolatramos nos induz
abrir as fontes d`alma
e delas derramar
as lágrimas de luz,
dando expansões à dor,
a dor sem par
que, a palpitar,
em nosso peito vive
como esfaimado corvo a devorar
o nosso coração em luta atroz.
A alma tem o poder
de dizer
o que n`alma sentimos nós.
Quando Maria,
aos pés da cruz,
triste fitava o rosto de Jesus,
com as mãos as faces pálidas
cobriu
e o manto perenal caiu,
quase a desfalecer
do Grande Mártir o coração,
quis vida, quis viver,
sentindo a extrema-unção,
Pérolas trementes
de lágrimas ardentes
de agonia,
rolando pelo rosto de Maria,
o transcedente amor
a transluzir e a refletir
as santas emoções.
No céu, Deus, na glória
do encanto,
formou com o seu pranto
as constelações.
(Esta letra acha-se publicada aqui tal qual o seu autor a escreveu)
Cândido das Neves, apelidado de "Índio", compositor, cantor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 24/07/1899 e faleceu em 04/11/1934
Read more: http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/...
Gravação de Maria Bethânia no disco Oásis de Bethânia
Arranjo de Hamilton de Holanda
Oásis de Bethânia
Maria Bethânia
São 47 anos de carreira e 50 discos lançados completados agora com o Oásis de Bethânia -- sendo 34 discos (LP/CD) gravados em estúdio e 16 discos gravados ao vivo (LP/CD) -- tendo dividido alguns com grandes nomes da MPB, como Edu Lobo, Chico Buarque, os Doces Bárbaros (Caetano, Gil e Gal Costa) e mais Omara Portuondo -- e ganhou inúmeros prêmios.
Desde o início de sua carreira até os dias de hoje, sua marca é sempre lembrada por profissionalismo, apuro e integridade musical. E a incansável Maria Bethânia não sossega nunca. Este seu novo projeto vem com formato inédito em sua carreira: cada uma das 10 músicas do disco recebeu um arranjo inédito de convidados especialíssimos -- de seu compositor ou de outro músico, que ainda participa tocando em cada uma destas criações.


Djavan assina o arranjo da inédita Vive, de sua autoria, além de participar com seu inigualável violão. Outros músicos deste quilate como Lenine, Hamilton de Holanda, Jorge Helder, Jaime Alem, Maurício Carrilho, Marcelo Costa, Luciana Rabello e André Mehmari também trazem a sofisticação de seus arranjos, que se misturam à voz única de Bethânia, trazendo o tempero ideal para a sonoridade marcante deste novo disco.
O título Oásis de Bethânia foi inspirado num texto da própria Maria Bethânia. E, pela primeira vez, a abelha-rainha grava um texto seu em disco. Seus versos são interpretados entre a música e poesia de Paulo César Pinheiro na canção inédita Carta de Amor.
(Gravadora Biscoito Fino) Vídeo por Antônio Augusto dos Santos -- antaugsan -- fotos e imagens da Internet
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